sexta-feira, 21 de março de 2008

Um discurso histórico

Eu acompanho a campanha eleitoral americana como observador. Minha motivação é a consciência da importância desta eleição para todo o planeta e também uma curiosidade em comparar a campanha e a cobertura da campanha com o que acontece no Brasil. Esta semana começou mal para o Barack Obama por conta de uns comentários envolvendo questões raciais que foram feitos por um pastor muito ligado a ele. Os Clinton e a imprensa estavam explorando bem a questão e o senador Obama fez um discurso que pra mim deve entrar pra história. A descrição do discurso de acordo com o blog do Alon (clique aqui para acessar o blog do Alon):

"É um paradigma de comunicação política na era da informação abundante e globalmente disponível. Obama não foge de seus próprios defeitos e da verdade. E recorre à máxima, imortalizada pelos clássicos da ciência social, de que os oprimidos só podem se libertar se libertarem o conjunto da sociedade. Imperdível."

O discurso pode ser visto, em inglês, abaixo:



O site Viomundo do Luiz Carlos Azenha mostra uma tradução livre do discurso que pode ser vista clicando-se aqui

A repercussão do discurso foi tanta que gerou um fato inusitado na cobertura jornalística da FOX news. A FOX news para quem não sabe é a rede de televisão mais associada aos republicanos nos EUA. A sua cobertura jornalística é notoriamente distorcida. Houve até uma pesquisa de opinião que mostrou que dentre os telespectadores que afirmaram acompanhar o noticiário pela FOX a maioria acreditava que foram encontradas armas de destruição em massa no Iraque. O fato inusitado foi que um dos âncoras da FOX news, Chris Wallace, chamou a atenção de seus companheiros de rede, ao vivo, para a cobertura distorcida que estavam fazendo do discurso do Obama. Pra mim uma coisa destas é inimaginável no Brasil e reforça a minha crença de que o discurso do Obama é histórico. O pito do Chris Wallace pode ser visto abaixo:


sexta-feira, 14 de março de 2008

New Orleans

A cidade de New Orleans é muito interessante. Conheci apenas a parte turística ao longo do rio Mississipi e o “French Quarter” que é a parte antiga, do tempo de colonização francesa. New Orleans fica na Louisiana que foi o único estado com colonização francesa e isto faz com que a arquitetura e cultura local sejam um pouco diferente do restante dos EUA. Em New Orleans também se comemora o carnaval por exemplo. Particularmente eu não gostei da culinária local. A comida era ora apimentada demais ora sem gosto nenhum. Pelo menos a cerveja local é muito boa.

Existem vários clubes de jazz, afinal New Orleans é o berço deste estilo, além de pessoas tocando jazz na rua. Eu assisti um show no Preservation Hall que é um dos clubes mais tradicionais. O clube fica numa das construções mais antigas e com aspecto de galpão abandonado. Dentro da casa existem alguns bancos de madeira para os primeiros a entrar mas a maioria das pessoas assiste o show de pé mesmo. Eu não consegui um lugar sentado mas fiquei bastante próximo da banda.

A rua mais famosa do “French Quarter” é a Bourbon St onde estão vários bares e restaurantes. A rua fica fechada pra o trânsito de carros durante a noite para que todos possam caminhar no asfalto. Não conheço a legislação local mas uma boa característica de New Orleans é que se pode beber álcool nas ruas do “French Quarter”. Isto não é permitido na California pelo que eu saiba. Devido ao grande fluxo de turistas, transito impedido para carros, liberdade para encher a cara e shows de jazz e músicas diversas nos bares a Bourbon St se transforma em uma grande festa durante a noite.

A Louisiana State University (LSU) é a atual campeã de futebol americano universitário e isto a torna rival. Hehe!

É difícil falar de New Orleans sem lembrar da devastação provocada pelo furacão Katrina mas a parte que eu conheci já foi completamente restaurada. Como eu disse anteriormente, conheci apenas a parte turística e rica da cidade e não posso falar como estão as coisas na parte pobre.











O Centro de Convenções de New Orleans

Reservei um hotel que está a menos de 200 m da entrada do centro de convenções, por sugestão do meu orientador, que permitiria que eu voltasse ao quarto nos intervalos das apresentações. O que a gente não sabia é que a nossa conferência seria realizada na extremidade oposta do centro de convenções e o que eu não sabia é que o centro de convenções de New Orleans tem mais de 1 km de extensão! Eles deveriam aconselhar os participantes a levar tênis com amortecimento. O mapa abaixo mostra que o hotel (ponto B) fica a menos de 200m de uma extremidade do centro de convenções mas fica a mais de 1 km da outra extremidade (ponto A) onde foi realizada a convenção.




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Chá de aeroporto


Saí de casa no Sábado às 21:00 com o intuito de pegar um vôo às 23:00 para New Orleans. O programado era voar a noite, chegar de manhã e visitar os pontos turísticos ao longo do Domingo, que seria o único dia livre. No aeroporto me avisaram que o vôo estava com um “pequeno” atraso de 3 horas e que teriam de remarcar minha escala acrescentando uma “pequena” espera de 4 horas em Atlanta. Enquanto esperava na sala de embarque tive que fazer o check-in novamente pois o horário de verão começou à meia noite e a confusão de horários forçava a companhia aérea a emitir todas as passagens novamente. No fim das contas saí de Los Angeles às 3:30, cheguei em Atlanta 10:20 da manhã (horário local) e saí às 14:30. Cheguei em New Orleans com um atraso de 7 horas e só não perdi o dia inteiro porque ainda consegui assistir um show de jazz no Preservation Hall.

sexta-feira, 7 de março de 2008

3:00 AM

A Hillary Clinton veiculou, antes das primárias em Ohio e Texas, um comercial de propaganda política bem conhecido dos americanos. O comercial mostra o telefone tocando em uma casa de uma família com crianças. Um narrador diz que são três horas da manhã e o telefone toca na Casa Branca. É uma alusão a uma crise militar no meio da noite e o narrador pergunta - quem você quer que atenda o telefone? Este comercial foi feito para provocar medo nos telespectadores para que eles votem na Hillary Clinton que tem mais experiência do que o seu rival Barack Obama. Este tipo de comercial já foi usado em campanhas passadas nos EUA e pode ser visto no vídeo abaixo com legendas.



Se este tipo de propaganda surtirá o efeito desejado ninguém sabe. Muitos duvidam da capacidade da Hillary de responder a crises e além de tudo o adversário no lado republicano será um ex combatente e prisioneiro de guerra que com certeza inspira maior confiança para o trato militar do que ela. Entretanto, a turma do PhD comics mostra que esta dúvida não acontece na vida acadêmica. É bastante claro quem deve atender o telefone às 3 da manhã no laboratório:

PhD comics são tirinhas de humor que tratam da vida acadêmica de estudantes de pós graduação. Ninguém melhor do que eles para entender e retratar a nossa batalha diária.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Disneyland

Sábado passado eu acertei a entrada do parque e conheci a Disneylandia. Pensei que seria a única pessoa dentro da faixa etária que vai de 15 a 40 anos mas me enganei redondamente.
A descrição da Disney será simples porque acho que o parque não é novidade para ninguém. Várias construções milionárias e coloridas imitando personagens e estórias infantis e de cinema. As pessoas são colocadas em veículos que se deslocam em um ambiente artificial que simula as estórias. O que diferencia uma atração da outra é o tipo de veículo, movimento do veículo e efeitos usados na construção do ambiente, além do tamanho da fila de espera (normalmente 1h). O ponto forte de algumas atrações é movimento do veículo como nas montanha-russas e barco em cachoeira e em outras o forte são os efeitos como no "Procurando Nemo" e na casa mal-assombrada. As atrações de movimento não são tão radicais como em parques especializados (Six Flags ou California Adventure) mas alguns efeitos como na "space mountain" que é uma montanha russa no meio de estrelas fazem o diferencial.
As atrações temáticas - Indiana Jones, Piratas do Caribe, Procurando Nemo, Peter Pan, Guerra nas Estrelas, etc. são muito bem feitas. Em Procurando Nemo as pessoas entram dentro de um submarino que roda em um lago artificial e desenhos animados são projetados na água. É uma atração bobinha mas que vale a pena pelos efeitos especiais.
Em um ponto a Disney decepciona. A comida em qualquer lugar é cara e muito ruim. Até os McDonnalds de lá vendem sanduíches piores e por preços mais caros do que o padrão.

No youtube é possível encontrar vídeos de quase todas as atrações. Eu procurei algum vídeo da space mountain mas não encontrei nenhum com qualidade decente. Por ser uma atração escura fica mais difícil filmar. Os vídeos abaixo dão uma idéia do parque.





O jeito

Lucas, um grande admirador dos engenheiros, mandou-me este vídeo como homenagem. Deixarei ele aqui para que todos possam apreciar a felicidade familiar ao descobrir a inclinação de um jovem pela engenharia.

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