terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Paris - final

Depois de passar umas 5 horas no museu do Louvre eu segui para o cemitério Pere Lachaise. Não poderia ir a Paris e deixar de visitar o túmulo do Jim Morrison. Apesar de ter passado a fase "The Doors" da minha vida eu queria visitar o local da cena final do filme do Oliver Stone. Hoje em dia o lugar está bem comportado. Não parece em nada com as fotos antigas em que sinais de grafite eram vistos em todos os arredores e motivaram a ira de pessoas pedindo que este túmulo fosse transferido para outro cemitério. Acho que os fãs do cantor envelheceram e as visitas se tornaram mais turísticas e menos danosas. A única anormalidade é uma grade de ferro sinalizando que é ilegal se aproximar muito. Outras pessoas famosas estão enterradas no cemitério Pere Lachaise mas não chamaram minha atenção.


O roteiro do meu último dia em Paris começou na Ópera. O prédio é bonito e o interior também mas acho que nada seria capaz de chamar muito minha atenção depois de 2 dias em Paris e depois de visitar o Louvre.




Depois de visitar a Ópera eu fui a Galeria Lafayete e comprei um dvd do Seu Jorge para dar de presente e segui para a praça da Bastilha. Assim que saí da estação de metro eu tive de correr pois um grupo de Punks perseguia e tentava jogar cerveja (ou algum outro líquido de cor amarela) em um rapaz.


Fui andando até a estação San Michel e passei pela Praça Victor Hugo, um dos metros quadrados mais caros da cidade de acordo com uma pessoa que conheçi em Paris.

Um dos projetos urbanos interessantes na cidade é o aluguel de bicicletas. É possível pegar uma bicicleta em qualquer um dos pontos automatizados, pedalar até onde quiser e devolvê-la em outro ponto automatizado. Pessoas locais podem pagar uma taxa anual que torna o aluguel extremamente barato.

Louvre

O meu guia turístico de Paris usa o humor para descrever o comportamento comum de turistas em visita ao museu do Louvre. Uma tradução livre seria:


Turistas, em um daqueles passeios tipo "Paris-em-um-dia", tentam quebrar o recorde de velocidade para correr os olhos nas duas mais famosas mulheres do Louvre: Mona Lisa e Venus de Milo.




A orda então corre 5 minutos perseguindo a "Winged Victory", uma estátua sem cabeça descoberta na Samothrace que data de 200 a.c.

Desafiando a linha padrão da teoria da arte, seguimos para o quadro do pintor David cujo tema é a cerimônia de coroação de Napoleão, que mostra Napoleão segurando a coroa enquanto Josephine ajoelha-se a sua frente. (...)

(...) Então uma grande dúvida aparece: Quais das outras 30.000 obras disponíveis gostariam de ver?


O museu do Louvre está hospedado em um palácio de ~60.000 m2 que já foi uma fortaleza no século XII e passou por várias reformas e expansões ao longo dos anos. De acordo com a wikipedia (clique aqui) foi a assembléia nacional que transformou o Palácio do Louvre em museu, durante a revolução francesa. Muitas das obras do Louvre foram adquiridas durante as guerras de Napoleão e pelos nazistas durante a segunda guerra mundial e ainda são reinvidicadas por outros países e por israelenses e judeus.
O tamanho do Palácio é uma das coisas que mais chama a atenção.


Passei 5 horas rodando o museu e, assim como todos outros turistas, vi apenas uma ínfima parte do acervo. Depois de algumas horas nossa cabeça não consegue mais prestar atenção nas obras e temos de ir embora. Acho que só quem mora em Paris pode aproveitar o Louvre nos seus detalhes.
Acho que é necessário passar um dia em cada seção do museu, no mínimo. E olha que não sou um grande fã de museus.


Uma das grandes controvérsias do Louvre foi a construção das pirâmides de vidro durante uma das últimas reformas. Muitos foram contra a modernidade do projeto e queriam manter o aspecto antigo do prédio. Pessoalmente eu não gosto de alterações de obras antigas mas ao ver com os próprios olhos achei que as pirâmides ficaram muito bem.

domingo, 28 de dezembro de 2008

California

O Danilo me disse um dia, via skype, que acha o Chile a melhor opção de viagem na América do Sul porque existem muitas atrações diferentes em um pequeno espaço geográfico. É possível ver praias, deserto, neve, vinículas, etc. sem se deslocar muito. Pensei por aqui: -A Califórnia oferece tudo isso também. No dia que fiz uma trilha na neve num parque de Los Angeles conversei com amigos americanos e eles concordaram com minha admiração pela Califórnia. Afinal de contas, em que outro lugar é possível esquiar na neve e surfar, no mesmo dia?
As fotos abaixo ilustram algumas das nossas diferentes atrações.






quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Mais fotos do primeiro dia em Paris

Detalhes do Arco do Triunfo:


Torre Eiffel:


Escola militar:

Hospital dos inválidos:


Não sei que prédio é este:

Museu D'Orsay:

sábado, 13 de dezembro de 2008

Antes da chuva - "Before the rain"


"Antes da chuva" é o título em português do filme do diretor Milcho Manchevski. O pano de fundo é o conflito étnico entre albaneses e macedonios nos Balcans. O cenário, sozinho, já mereceria uma indicação mas o roteiro foi o melhor ponto na minha opinião. O filme não é óbvio e também não é complexo ao ponto de exigir atenção e interpretação de quem assiste.
"Antes da chuva" é divido em três histórias que mostram os mesmos personagens e se fecham em um círculo como se o fim da terceira fosse o início da primeira. As histórias mostram as ligações amorosas entre os personagens de diferentes nacionalidades e etnias. Estas ligações evidenciam o quanto é estúpida a intolerância étnica. A genialidade do filme, para mim, está em dois pontos. Primeiro, mostrar pessoas das duas etnias em conflito matarem pessoas da própria família em ações motivadas pelo ódio à outra etnia. Segundo, mostrar através do círculo da história como que a intolerância étnica acaba voltando-se contra os intolerantes.

O poder do jornalista

Qualquer pessoa pode fazer perguntas. O poder do jornalista é o de exigir resposta. Recusar a responder um jornalista leva a uma interpretação imediata que a resposta seria ainda mais danosa do que a falta dela. O entrevistado que não responde uma pergunta automaticamente aceita a insinuação do jornalista mas prefere não legitimá-la com uma resposta. Claro que o poder do jornalista pode ser usado de forma anti-ética e forçar insinuações falsas sem dar chance de defesa ao acusado.

O programa Roda Viva da TV Cultura de São Paulo entrevista o presidente do STF Gilmar Mendes nesta segunda feira. Seria uma grande oportunidade de exercer o poder do jornalismo e forçar o entrevistado a responder uma série de perguntas que pairam sem resposta na cabeça de muitas pessoas. Existem dúvidas sobre a ligação do Gilmar Mendes com o Daniel Dantas e seu advogado de defesa Nélio Machado, sobre a atuação política deste membro do judiciário em sua terra natal no estado de Goias, sobre a sua atuação empresarial em um instituto que possui contratos milionários com o governo e emprega outros ministros do STF, sobre o suposto grampo telefônico cujo áudio nunca foi apresentado, etc.

Denúncias sobre estes assuntos e perguntas sem resposta existem aos montes, principalmente na blogosfera. Seria surpreendente que o Gilmar Mendes se submetesse a uma entrevista onde se visse obrigado a explicar assuntos tão comprometedores. Entretanto a surpresa acaba ao se analisar a banca de entrevistadores. Nenhum dos quatro jornalistas convidados veio de veículos de imprensa que criticaram ou denunciaram alguma possível falcatrua na vida do magistrado. Pior, dois dos jornalistas convidados vieram de mídias envolvidas em algumas destas denúncias.

Este Roda Viva provavelmente não esclarecerá muitas coisas mas fortalece a idéia que existem perguntas que o presidente do STF não quer responder. O mais vergonhoso é perceber que a TV Cultura de São Paulo se presta a legitimar uma entrevista em que o poder jornalístico foi podado.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Paris - 1


Minha visita a Paris será dividida em vários tópicos. Assim será possível colocar mais informações e fotos. No primeiro tópico, este, eu mostro o meu roteiro no primeiro dia. Cheguei em Paris por volta das 10 da manhã e demorei uma hora e meia no metro e procurando o lugar onde ficaria hospedado. Fiquei um pouco afastado do centro da cidade, na região da estação Porte d'Orleans. Almocei e resolvi rodar os lugares mais famosos. Assim eu ficaria livre da sensação de obrigação de visitar os cartões postais.
O meu roteiro, ilustrado abaixo, foi: A-Estação de metro, B-Notre Dame, C-Louvre, D-Arco do Triunfo, E-Torre Eiffel, F-Esplanada e Hotel dos Inválidos, G-Museu d'Orsay, H-Estação de metro. O googlemaps prevê 3 horas para realizar este trajeto a pé mas eu demorei bem mais.


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Fui de metro para a estação Saint-Michel que fica próxima à Catedral Notre Dame, meu destino inicial. Esperei uns 20 minutos na fila (domingo fica cheio) porque tinha que entrar para ver os famosos vitrais, removidos durante a II Guerra por medo de bombardeio e posteriormente restaurados. Acho que não é preciso falar muito sobre Notre Dame já que é uma das mais famosas catedrais do mundo. Uma curiosidade que está na wikipedia é que no início do século 19 a catedral estava em carecendo de manutenção e cogitaram destruí-la. O escritor Victor Hugo então escreveu o romance "Corcunda de Notre Dame" para aumentar o reconhecimento público da história dela e iniciou-se uma campanha de coleta de fundos para sua recuperação.


Notre Dame

Fila para entrar na Catedral



Vitral e maquete

O ponto seguinte no meu roteiro foi o museu do Louvre. Claro que só pude observar o exterior do prédio. Visitei o interior do Louvre no dia seguinte mas esta parte merece um tópico exclusivo. Caminhar entre o Louvre e o Arco do Triunfo é uma atração por si só. Começa no arco do triunfo do Carroussel do Louvre. Este é um arco menor e faz parte dos três arcos em linha reta de Paris. O mais famoso e maior é o Arco do Triunfo situado na praça Charles de Gaulle. Depois do arco caminha-se pelo Jardin des Tuileries que não é tão bem cuidado quanto os parques da Inglaterra mas não deixa de ser agradável. A avenida Champs-Elysées vem em seguida e leva até o Arco do Triunfo.

Jardin des Tuileries

Champs Elysees

Arco do Triunfo

Londres

Londres foi a cidade onde tive mais tempo livre mas isso não significa que a conheci bem. Além da enorme quantidade de lugares para visitar eu não tive muita sorte com o tempo e peguei dois dias de chuva constante. Fiquei hospedado próximo ao Regents Park, ao British Museum e à famosa rua Oxford. Mesmo com chuva eu pude rodar bem a região.
O Regents Park, assim como todo parque que visitei na Inglaterra é extremamente bem cuidado além de bastante extenso. O mapa abaixo da foto mostra o lugar onde fiquei hospedado e dá uma idéia do tamanho do Regents Park.

Regents Park


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O "British Museum" e o Palácio de Buckingham são considerados lugares notáveis em Londres de acordo com o site do livro "1000 places to see before you die".


Palácio de Buckingham

"British Museum"


Uma área interessante de Londres, que todo turista visita, é a região do Parlamento. Dali é possível visitar a catedral onde é realizada a cerimônia de coroação dos reis e uma caminhada de uma hora passando pelo St. James Park leva ao Palácio de Buckingham.
É possível andar a pé do Parlamento para a Torre de Londres ("Tower of London"), "Tower Bridge" e "London Wheel" que são outros cartões postais. Porém a caminhada é em sentido contrário à que leva ao Palácio de Buckingham.




Vista de cima da Tower Bridge


London Wheel

Tower Bridge

Tower of London
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