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domingo, 18 de outubro de 2009

Ufa-2009


Estive em Ufa em 2007 e voltei em 2009. Apesar do curto intervalo foi possível observar algumas mudanças na cidade. Desta vez eu pude passear com um grupo de habitantes e conhecer melhor a cultura local. A mulher ao meu lado na foto acima se chama Olga e foi como uma guia para a gente. A estátua atrás da gente é do Lenin.
Eu já havia escrito que a cidade parecia um terreiro de obras em 2007. O motivo alegado era o aniversário de 450 anos da cidade mas a fonte de dinheiro era o elevado preço do petróleo. Uma das novas construções foi o novo Centro de Convenções. A localização do prédio é fantástica e proporciona a vista a seguir:


Outra coisa que notei foi a melhor manutenção da região central da cidade. Em 2007 a grande quantidade de buracos nas calçadas e lama me chamou a atenção mas desta vez eu não encontrei nenhum buraco. Outro sinal do crescimento econômico da cidade é visto no comércio. Na área central, onde fiquei hospedado novamente, surgiram diversos restaurantes, um novo cinema e um shopping center. Uma curiosidade com relação aos restaurantes é que todos os garçons e garçonetes fazem curso especializado. Um dos organizadores da conferência me disse pra reparar que uma das coisas que eles aprendem é a manter sempre uma das mãos nas costas. Eu reparei e realmente qualquer garçom da cidade me atendeu mantendo uma das mãos nas costas. Fiquei sabendo que inauguraram um restaurante brasileiro perto do hotel e fui lá conferir. O restaurante se chama Rio, não existe nenhum brasileiro, nem o dono, e ninguém fala português. Perguntei o que eles tinham de brasileiro no cardápio e me falaram que tinham feijoada. Pedi para prepararem uma pra mim. Descobri que a "feijoada" russa é feita de feijão marrom, carne de frango, carne de boi e molho de tomate. Até que não é ruim mas não tem nada a ver com feijoada.
A conferência foi boa e contou com mais participantes do que em 2007. O banquete foi ótimo e mais uma vez tivemos apresentações fantásticas de dança típica.

Os participantes destas conferências são muitas vezes os mesmos e acabamos criando amizades. Uma das minhas amizades é com a Lilia, uma russa de origem Tatar que trabalha na Alemanha. Esta é a quarta conferência em que encontramos. Em goslar nós fomos premiados por apresentações na seção de jovens cientistas e eu coloquei uma foto aqui no blog. Desta vez só ela foi premiada, merecidamente.

Goslar-2008

Ufa-2009

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Moscou


Visitei a Russia pela segunda vez no fim de Setembro. Estive novamente em Ufa e assim que receber as fotos de lá eu escrevo sobre as novas impressões e mudanças na cidade. A novidade desta viagem foi que passei dois dias em Moscou.
Fiquei hospedado em um apartamento comum e pude viver um pouco do cotidiano na cidade. Minha anfitriã trabalha no escritório da Unesco e pode me mostrar um pouco da cidade um dia. Foi ótimo passear com uma cidadã comum, disposta a responder todas minhas perguntas por mais bobas que fossem.
Minha primeira impressão, que já vinha desde a primeira visita a Russia 2 anos atrás, é que as áreas comuns dos edifícios residenciais são horrorosas. É comum entrar nos prédios e encontrar lixo e móveis quebrados nas escadas. Falta iluminação e em todos os prédios que visitei o elevador não funcionava. Os degraus não são uniformes e se subirmos com pressa corremos grande risco de tropeçar em um degrau maior. Ao entrar nos apartamentos parece que estamos entrando em outro mundo. Os apartamentos são normais e bem cuidados. Assim como em Los Angeles é comum pedirem para tirarmos o calçado antes de entrar nos apartamentos.
O transito é parecido com o do Brasil, todo mundo correndo, trocando faixa, buzinando e desrespeitando as regras. Um turista desavisado pode sofrer grande prejuízo ao chegar no aeroporto se resolver seguir algum dos homens oferecendo taxi. Um conhecido precisou trocar de aeroporto em Moscou, deu ouvidos a um destes e acabou pagando o equivalente a 200 dolares por uma viagem que nao seria nem 40.
Agora a parte boa da experiência em Moscou. A cidade é bastante diferente e tem várias atrações interessantes. Em primeiro lugar eu tenho que comentar sobre as estações de metro. São fantásticas! Minha anfitriã explicou que durante o comunismo o governo decidiu investir em um símbolo para o povo. A idéia era acabar com os palácios particulares e construir palácios para o povo. O metro era e ainda é o principal meio de transporte da população e resolveram que as estações deveriam ser decoradas como palácios. Realmente a sensação ao transitar por elas é de deslumbramento pelas dimensões, qualidade do piso e paredes e obras de arte. Algumas imagens podem ser vistas abaixo.




Outro atração característica de Moscou é a Praça Vermelha. Acho que o mais interessante de se visitar esta praça é a sensação ao andar e se ver rodeado de construções imponentes. Por um instante a gente esquece que está no meio de uma grande metrópole pois não enxergamos o caos de construções de diferentes estilos característico de grandes cidades.


A construção que mais chama a atenção na Praça Vermelha, sem dúvidas, é a Catedral de São Basílio. Esta Catedral é famosa pelas curvas do seu telhado em forma de chamas de fogueira e pelas diferentes cores. Diz a lenda que o Czar Ivan IV, que ordenou a construção desta Catedral, mandou cegar o arquiteto após a conclusão da obra para que ele nunca mais pudesse reproduzir esta obra-prima. A wikipedia (versão em inglês), entretanto, desmente esta lenda.


Outra característica de Moscou são os 7 arranha-céus de Stalin. Minha anfitriã explicou que Stalin ordenou a construção de 8 arranha-céus para celebrar os 800 anos de Moscou. No entanto apenas 7 foram construídos de fato. Estas construções são imponentes pelas dimensões totais, não apenas pela altura. A quantidade de concreto destes arranha-céus é capaz de fazer inveja em Niemayer.

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