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quinta-feira, 4 de março de 2010

The hurt locker (Guerra ao terror)

Assisti o filme Guerra ao terror, que aqui se chama The Hurt Locker, e me surpreendi com um dos melhores filmes dos últimos meses. Esse filme não chamou muita atenção da mídia até ganhar o BAFTA de 2010, tendo Avatar como concorrente.
O filme é dirigido por Kathryn Bigelow que pra mim era uma ilustre desconhecida assim como o elenco. Além disso o filme trata da guerra no Iraque que até hoje não produziu nenhum bom filme. Então não tinha porque me interessar. Entretanto nos últimos dias eu encontrei informações que me levaram a interessar por ele.
-As cenas de explosões são muito bem feitas e utilizam uma técnica que dá a impressão de reduzir muito a velocidade da ação, a ponto de ser possível observar as vibrações formadas pela onda de choque.
-O lado pessoal da diretora é bastante peculiar. Ela foi casada com o James Cameron, diretor de Avatar, e o venceu na disputa pelo BAFTA. Eles ainda concorrem no Oscar.
-Eu li que o filme consegue aliar a ação de um filme de guerra sem muitos clichês e que tem até um bom personagem.
-Veteranos do Iraque concordam que se trata do melhor filme já feito mas que, como em todo filme, algumas cenas são meio "sem-noção".
-A crítica na internet foi meio que unânime em colocar este como um dos melhores filmes recentes.

O que mais me chamou a atenção foi o personagem do Sargento William James. O filme consegue aliar ação, boas tiradas, algumas características de personagens coadjuvantes e fazer a gente entender a cabeça do personagem principal. Ele parece arrogante, orgulhoso, vaidoso, irresponsável e meio irreal de tão retardado. Ele parece viver em um mundo paralelo, próprio. Uma cena que está no trailer em que um militar de alto escalão elogia os seus feitos profissionais sugere que é tudo por causa de vaidade profissional e orgulho de ser o melhor na área. Entretanto a penúltima cena falada (ou última, não me lembro) explica tudo. É um personagem que pode gerar aversão ou pena.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Antes da chuva - "Before the rain"


"Antes da chuva" é o título em português do filme do diretor Milcho Manchevski. O pano de fundo é o conflito étnico entre albaneses e macedonios nos Balcans. O cenário, sozinho, já mereceria uma indicação mas o roteiro foi o melhor ponto na minha opinião. O filme não é óbvio e também não é complexo ao ponto de exigir atenção e interpretação de quem assiste.
"Antes da chuva" é divido em três histórias que mostram os mesmos personagens e se fecham em um círculo como se o fim da terceira fosse o início da primeira. As histórias mostram as ligações amorosas entre os personagens de diferentes nacionalidades e etnias. Estas ligações evidenciam o quanto é estúpida a intolerância étnica. A genialidade do filme, para mim, está em dois pontos. Primeiro, mostrar pessoas das duas etnias em conflito matarem pessoas da própria família em ações motivadas pelo ódio à outra etnia. Segundo, mostrar através do círculo da história como que a intolerância étnica acaba voltando-se contra os intolerantes.

terça-feira, 13 de maio de 2008

There will be blood (Sangue Negro)

Assisto filmes em dvd umas 2 vezes por semana. A conveniência do Netflix é surpreendente. Faço minha lista através de um website muito bem planejado, recebo os filmes pelo correio e devolvo também pelo correio. Coloquei "There will be blood" na minha lista por causa do diretor Paul Thomas Anderson, que fez Magnolia, e acabou sendo um dos melhores filmes que já assisti.
A sinopse diz que o filme conta a história de um perfurador de poços de petróleo e um líder evangélico local. Na minha opinião "There will be blood" é interessante pelos personagens e o efeito das emoções no domínio de suas ações e diálogos. As cenas em que os personagens são obrigados a engolir o orgulho por causa da sua ambição são fantásticas. Eu peguei duas cenas no youtube e coloquei a seguir. Não é a toa que o Daniel Day-Lewis ganhou o oscar de melhor ator neste ano. O outro ator é o Paul Dano que também interpreta bem. Quem quiser manter a surpresa para quando assistir o filme pode parar de ler por aqui e não precisa assistir as cenas. Eu acho que o que vou contar não diminui o interesse do filme. A primeira cena mostra o momento em que o homem do petróleo, Daniel Plainview, vai a igreja para ser batizado. O batismo foi uma condição imposta por um habitante local para permitir que um duto passasse em suas terras. Daniel Plainview demonstra claramente que aquilo está sendo feito contra sua vontade e seu orgulho o impede de aceitar a vontade do lider evangélico inicialmente. A medida que é forçado a abandonar o orgulho e se humilhar parece que ele começa a escutar suas próprias palavras e finalmente acredita que é um pecador por ter abandonado o filho. Ele grita "I've abandoned my child! I've abandoned my boy!". Mesmo depois de gritar que é pecador e levar tapas na cara o orgulhoso Daniel Plainview fala baixo "There is a pipeline.", com um sorriso orgulhoso, para mostrar que só se sujeitou a aquilo tudo para conseguir o que queria.




Na cena seguinte os papeis se invertem. Agora é o evangélico, Eli Sunday, que precisa se humilhar para fazer negócios com o empresário. Este aproveita a situação para devolver na mesma moeda o que sofreu na igreja. Ordena que Eli admita que é um falso profeta e que Deus é uma superstição. O orgulho agora está com o evangélico que precisa repetir diversas vezes a frase "I am a false prophet!" até que saia algo convincente. A humilhação é a única forma de vencer as defesas do orgulhoso.

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