sábado, 23 de fevereiro de 2008

Luis Nassif, Veja e a blogosfera

Copiei este texto do excelente blog do Pedro Dória: www.pedrodoria.com.br




Algo de muito importante está acontecendo na blogosfera brasileira desde que Luis Nassif começou a publicar suas reportagens a respeito da revista Veja: a conversa mudou de patamar. Das picuinhas habituais entre blogs de esquerda e de direita, entrou no bate-boca algo novo.

Informação.

A picuinha política habitual do ‘meu roubo é menor que o seu’ é capaz, no máximo, de dizer que o outro é burro por ser de esquerda. Ou por ser de direita, tanto faz. Mau caráter por apoiar o governo passado. Ou o atual. O debate entre esquerda e direita não tem discutido qual o melhor projeto de educação para o Brasil. Ignora como deve ser feita uma redistribuição tributária. Ele é capaz de dar apelidos criativos para programas de uma administração ou de outra mas após a graça do apelido, de crítica criteriosa e bem argumentada não sobra muito. Uma pena.

A esquerda não gosta da Veja porque a revista é de direita. Ou porque se opõe ao governo corrente. São, ambos, argumentos de péssima qualidade. Primeiro porque num ambiente de plena liberdade de imprensa, um órgão de comunicação pode defender o tom ideológico que bem entender. Segundo porque imprensa tem mesmo que ser de oposição a qualquer governo. Terceiro porque o governo não precisa de defensores. Tem poder. Muito poder. Poder suficiente para voltar-se com raiva contra qualquer órgão de imprensa e tentar sufocá-lo, recusando-se a publicar anúncios. É o tipo de poder que governo nenhum deveria usar. (No Brasil, a federação é a maior anunciante.) O critério único para a publicação da publicidade estatal deveria ser circulação. Quem atinge mais leitores deveria ser privilegiado. É o tipo de poder que, por hábito, os governos sempre usam.

A obrigação que um órgão de imprensa tem para com seus leitores é o bem informar. Ela pode ter um ponto de vista, mas deve apresentar toda informação necessária para que o leitor possa fazer uma avaliação ele próprio dos fatos. Isto Veja não tem feito. Seleciona a informação que lhe convém. Não é a tradição da revista. É uma inovação. As reportagens de Nassif contam o como, o quando, o quem e o por quê.

Fatos não existem no vácuo. Têm contexto, interpretação e ponto de vista. Algumas informações que Nassif apresenta talvez venham a ser contestadas. É uma briga dura a que virá. Mas quem sai ganhando é o leitor pelo serviço prestado. Porque agora ele tem informação para sustentar o que pensa. O leitor do outro lado por certo está circulando os blogs oficiais ou oficialescos da direita procurando contra-argumentos. E alguém deveria ser capaz de oferecê-los. Quando o debate sobe um degrau, o da informação e não apenas da picuinha, o país ganha.

Nassif recorreu a um instrumento tradicional, o da reportagem, para levar a seus leitores a informação que coletou, certamente, após muitas entrevistas. (Dá trabalho informar.) Mas como foi via blog que divulgou, a blogosfera melhora. Temos uma blogosfera que não costuma informar muito, quanto mais produzir informação do zero. A esperança, agora, é que seguindo ele, sem histeria, alguém pegue as atividades da Secretaria de Comunicação do atual governo – ou mesmo do governo passado – e mostre seus hábitos. Quem é favorecido, quais seus critérios de distribuição de propaganda, qual a linha editorial habitual dos agraciados, quanto circulam.

Costumamos, jornalistas, cobrar das estruturas do governo e das grandes empresas que sejam transparentes. A imprensa – e, sim, isto inclui blogs – tem uma das tarefas mais delicadas da democracia. É a ela que cabe informar. É através dela que o público toma conhecimento do que acontece. Sem uma imprensa livre não é possível formar opinião. A mesma transparência que a imprensa cobra de governo e empresas deve ser cobrada de volta.

Provavelmente vai ter briga e vai ter polêmica. É do tipo saudável.

California Adventure

Acordei cedo no feriado do dia do presidente pra ir pra Disney. Olhei os preços dos ingressos e as direções na internet. Cheguei sem problemas, estacionei, peguei o trem que leva do estacionamento até a entrada do parque, comprei o ingresso e entrei. Às 5 horas da tarde eu descobri que entrei no parque errado.

A foto acima mostra o engarrafamento na entrada do estacionamento. Mostra também as placas dos parques "Disneyland" e "California Adventure". Um parque fica de frente pro outro e as entradas são bastante próximas. Eu nem prestei atenção e entrei no primeiro parque que vi. Como eu não conheço nenhum dos dois parques eu achei que estava dentro da Disney. Estranhei o fato de haver poucos personagens e atrações temáticas. As atrações eram apenas brinquedos de parque de diversão: montanha-russa, elevador que despenca, bote caindo em correntezas e todo tipo de brinquedo que joga o nosso corpo pra cima, pra baixo e de um lado para o outro. Eu não gosto muito desse tipo de brinquedo mas estava até me divertindo. Fui em duas atrações com efeitos 3D (aquelas dos óculos coloridos), um filme sobre a história da Califórnia, todos os brinquedos e num simulador de vôo. A fila de espera pelo simulador de vôo foi de aproximadamente 1 hora mas valeu a pena. Neste simulador nós somos colocados em uns bancos que nos levantam e imagens são projetadas em uma tela gigante em forma de meia esfera. As imagens simulam vôo em diferentes regiões da California e ocupam todo o nosso campo de visão. O ar condicionado e os bancos acompanham a direção de vôo que é apresentada na tela. A sensação é de estar realmente voando.
Como eu comprei um ingresso especial para residentes na California eu tenho direito de visitar o outro parque (Disney de verdade), de graça, em um prazo de até 30 dias. No fim das contas eu acho que valeu a pena. Se eu não tivesse entrado no parque errado provavelmente nunca iria no California Adventure. Agora eu conheço um parque e ainda vou conhecer o outro.







sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Venice

Venice é uma das prais centrais de Los Angeles. O nome é inspirado na cidade italiana por causa dos canais da região. Fica abaixo de Santa Monica e acima da região do aeroporto internacional (LAX). Venice beach é conhecida pela calçada a beira mar com todo tipo de lojinhas, artistas performáticos e instalações para esportes como quadras de basquete, sala de musculação na frente da praia, quadras de volei e umas quadras de um esporte estranho que parece uma mistura de frescobol com tênis. A melhor descrição que encontrei na internet e que bate com minha percepção é de um ambiente eclético e de contra-cultura. Nada alí pode ser considerado como padrão normal de comportamento. É um lugar onde a cultura dominante é mais enfraquecida. Podemos encontrar pessoas engajadas em causas sociais, lojas de artigos heterodoxos (como cachimbos, de uso exclusivo com tabaco viu!), pessoas meditando ou dançando sozinhas na praia, tatuagens tipo henna, além de pessoas vestidas de todas as formas imagináveis desde calção de banho até ternos passando por roupas que mais parecem fantasias. Nem a arquitetura das casas é convencional como a casa da foto abaixo que mais parece uma torre.












sábado, 9 de fevereiro de 2008

Santa Barbara-CA

Santa Barbara fica a uns 150 km de Los Angeles, ao norte. Esta é uma das cidades que originaram-se a partir de missões de padres Franciscanos provenientes do México. No esforço para divulgar a fé católica na costa oeste, a igreja católica espanhola incentivou a construção de 21 missões entre San Diego e Sonoma no período de 1769-1823. Santa Bárbara foi destino turístico de muitos ricos americanos devido ao clima mediterrâneo da região. Hoje a região metropolitana possui aproximadamente 200 mil habitantes.
As principais atrações turísticas são a Missão de Santa Barbara, o píer, a State St e a "court-house" cuja tradução eu não sei ao certo. O dicionário fala em palácio de justiça mas eu achei estranho.
A missão de Santa Barbara é considerada uma das mais bonitas e chamada de rainha das missões. As fotos abaixo foram tiradas nela. Uma mostra a faixada e a outra foi tirada dentro da missão.


A "court-house" é um prédio antigo e bem conservado cuja principal atração é uma torre que fica a uma altura equivalente ao quarto andar de um edifício. Como a cidade é plana e de construções baixas a torre permite observar quase toda a cidade e inclusive o mar. As fotos abaixo mostram o prédio, a vista do alto da torre e uma foto que tirei de um grupo de turistas. O interessante do grupo de turistas é que eles estavam usando o segway para locomoção. Este brinquedo foi apresentado alguns anos atrás como uma promessa de revolução no estilo de vida de todos habitantes do planeta mas não vingou. Esta foi a única vez que vi alguém usando-o.



As duas vezes em que eu visitei o píer observei alguma forma de protesto contra a guerra no Iraque. A primeira foto mostra a encenação de um cemitério montado na praia com placas onde se lia que cada cruz representava um americano morto no conflito. A segunda foto mostra um protestante solitário que esculpiu dois soldados na areia sendo que um estaria ferido e era amparado pelo outro.


O presídio foi uma instalação militar construída pela Espanha em 1782. Hoje serve como atração turística apenas. Nunca entrei dentro dele mas tirei uma foto do prédio.

O campus da "University of California at Santa Barbara" não possui construções vultuosas nem nada que chame a atenção. O único lugar que mereceu pelo menos uma foto foi a beira de um lago que fica de frente pro mar. Já ouvi dizer que todo encontro entre água, terra e céu permite boas fotografias. Talvez isto esteja certo mas não sou fotógrafo nem artista.


A melhor atração turística pra mim é a State St e seus bares e restaurantes. Muitos restaurantes colocam mesas próximas à calçada e há fluxo contínuo de pessoas qualquer hora do dia. Lembra a rua das pedras em Búzios mas com carros. O chopp Newcastle é servido em uma caneca de tamanho bom.

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