terça-feira, 13 de maio de 2008

There will be blood (Sangue Negro)

Assisto filmes em dvd umas 2 vezes por semana. A conveniência do Netflix é surpreendente. Faço minha lista através de um website muito bem planejado, recebo os filmes pelo correio e devolvo também pelo correio. Coloquei "There will be blood" na minha lista por causa do diretor Paul Thomas Anderson, que fez Magnolia, e acabou sendo um dos melhores filmes que já assisti.
A sinopse diz que o filme conta a história de um perfurador de poços de petróleo e um líder evangélico local. Na minha opinião "There will be blood" é interessante pelos personagens e o efeito das emoções no domínio de suas ações e diálogos. As cenas em que os personagens são obrigados a engolir o orgulho por causa da sua ambição são fantásticas. Eu peguei duas cenas no youtube e coloquei a seguir. Não é a toa que o Daniel Day-Lewis ganhou o oscar de melhor ator neste ano. O outro ator é o Paul Dano que também interpreta bem. Quem quiser manter a surpresa para quando assistir o filme pode parar de ler por aqui e não precisa assistir as cenas. Eu acho que o que vou contar não diminui o interesse do filme. A primeira cena mostra o momento em que o homem do petróleo, Daniel Plainview, vai a igreja para ser batizado. O batismo foi uma condição imposta por um habitante local para permitir que um duto passasse em suas terras. Daniel Plainview demonstra claramente que aquilo está sendo feito contra sua vontade e seu orgulho o impede de aceitar a vontade do lider evangélico inicialmente. A medida que é forçado a abandonar o orgulho e se humilhar parece que ele começa a escutar suas próprias palavras e finalmente acredita que é um pecador por ter abandonado o filho. Ele grita "I've abandoned my child! I've abandoned my boy!". Mesmo depois de gritar que é pecador e levar tapas na cara o orgulhoso Daniel Plainview fala baixo "There is a pipeline.", com um sorriso orgulhoso, para mostrar que só se sujeitou a aquilo tudo para conseguir o que queria.




Na cena seguinte os papeis se invertem. Agora é o evangélico, Eli Sunday, que precisa se humilhar para fazer negócios com o empresário. Este aproveita a situação para devolver na mesma moeda o que sofreu na igreja. Ordena que Eli admita que é um falso profeta e que Deus é uma superstição. O orgulho agora está com o evangélico que precisa repetir diversas vezes a frase "I am a false prophet!" até que saia algo convincente. A humilhação é a única forma de vencer as defesas do orgulhoso.

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