Joshua Tree é um parque nacional situado na região sudeste da California. A origem do nome é a árvore Joshua, muito comum no parque. Além da Joshua, outra característica do parque são as formações rochosas. Pilhas de rochas de todos os tamanhos são comuns, o que o torna um ponto de encontro de pessoas que curtem escalar ou apenas subi-las sem auxílio de outros equipamentos que não seja um bom tênis de trilha, meu caso.
Quem organizou o acampamento e as trilhas foi o Steve, um amigo que conheci aqui. O grupo seria de cinco pessoas: Steve, eu, Nate, Natalie e Assaf mas este desistiu na última hora por problemas no trabalho e fomos apenas os quatro primeiros. Steve é um aventureiro profissional. Ele mantém uma empresa de produção de vídeos chamada Expedition Sports Extreme que organiza, filma e faz com que as pessoas se involvam em viagens pelo mundo e em esportes de aventura. O website da empresa dele é http://www.xsxtreme.com/ . Depois de passar anos viajando e praticando esportes de aventura pelo mundo ele prometeu ficar quieto em Los Angeles por 3 anos para terminar de produzir os filmes e fazer contatos empresariais.
A lista de equipamentos para o acampamento incluía: barraca de acampamento (emprestada pela Elizabeth), mochilão (emprestado pelo Toby), saco de dormir para temperaturas próximas a zero (emprestado pelo mineiro), isolante para o saco de dormir, tênis especial para trilha, lanterna, galão de água potável e mantimentos diversos. O meu mochilão ficou assim:
O plano era fazer trilha com o mochilão, acampar no meio do deserto, acordar e fazer mais trilha (desta vez a trilha incluiria rochas), acampar no meio do deserto ou da trilha de rochas, acordar e fazer mais trilha e voltar ao carro. O percurso total seria de uns 35 km. Logo no primeiro dia concordamos que seria melhor fazer alguma coisa menos radical. Andamos apenas uns 2 km no deserto a noite (a lua estava cheia e possibilitava fazer trilhas durante a noite) e encontramos um bom sítio para acampar. Decidimos manter o mesmo sítio para a noite seguinte e fazer trilhas sem o mochilão. O interessante é que podemos deixar as barracas armadas e nossos pertences nelas sem o risco de aparecer alguém e roubar. A noite estava tão clara que consegui tirar uma foto do lugar onde acampamos, sem usar flash.
Tanto os trajetos de carro, o acampamento, as refeições e as trilhas foram ótimos. Compensaram as condições precárias de vida como a impossibilidade de lavar as mãos por 50 horas, o uso de pedrinhas para lavar os utensílios de comida, os arranhões por espinhos e machucados nas mãos por subir e descer pedras. Detalhe, eu acertei um cactus com o joelho no meio do trajeto e descobri que os desenhos animados não conseguem transmitir a idéia completa do que isto significa. O cactus possui espinhos de diferentes tamanhos, os grandes te cortam, os intermediários arranham e ficam presos na calça mas são facilmente removidos mas os piores são os espinhos microscópicos que ficam na pele e na roupa e são dificílimos de remover porque eles penetram os dedos. Meus polegares estão doendo até agora e alguns espinhos eu só pude tirar quando cheguei em casa e usei uma pinça.
O vídeo a seguir foi feito no alto de uma formação rochosa da "wonderland of rocks". O barulho é de vento, que estava muito forte.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
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