sábado, 26 de julho de 2008

Randy Pausch e a "Última aula"

Randy Pausch foi um Professor em Carnegie Mellon na área de computação. Possuía uma carreira de sucesso e foi diagnosticado com câncer no pâncreas em agosto de 2006. Em agosto de 2007 descobriu que o câncer havia atingido o fígado e que era terminal. Faleceu esta semana, no dia 25 de julho.
Randy Pausch foi selecionado para dar uma palestra, em setembro de 2007, de uma série oferecida pela Universidade Carnegie Mellon chamada "The Last Lecture" (A última aula). Esta série era não técnica e o intuito era que os palestrantes falassem sobre o que tivessem vontade. A palestra do Randy aconteceu um mês depois de descobrir que o câncer era terminal e foi um sucesso enorme. Houve também muitas críticas mas o sucesso o levou a repetir a palestra no show da Oprah (talvez o mais famoso programa de TV americano) e a escrever um livro com um jornalista. O livro foi "Best Seller" e deu alguns milhões para a família do autor.
Minha opinião sobre a palestra é semelhante à do Pedro Dória:
"Alguns desdenham de sua aula pelos lugares comuns que encostam na auto-ajuda.Talvez tenham razão. Mas o que você faria se, repentinamente, tivesse sido diagnosticado com um câncer mortal particularmente agressivo e soubesse com clareza que a vida, agora, se conta em meses e não anos? Pausch encarou de frente e tentou somar, numa aula para seus alunos e colegas, aquilo que fez para ser feliz."

Ele mostra ser um ótimo palestrante: tem boa interação com a platéia, demonstra bom humor e consegue transmitir bem a mensagem. Um trecho interessante é quando ele conta como que a mãe costumava apresentá-lo: -Este é meu filho. Ele é doutor, mas não do tipo que ajuda os outros.
O site da Globo tem uma versão legendada da palestra que pode ser assistida abaixo. Cada um pode formar a própria opinião.


sexta-feira, 18 de julho de 2008

Los Alamos

Los Alamos é uma pequena cidade no meio de montanhas no Novo México. De acordo com a wikipedia a população total é 11.909 habitantes, o que dá uma idéia do seu tamanho. É o suficiente, pelo menos, para um grande supermercado onde se encontra de tudo, uma loja da rede Starbucks e um McDonalds.


O aeroporto da cidade é muito pequeno e apenas pequenas aeronaves pousam ali. Atualmente não há vôos comerciais, apenas particulares. Por isso, a forma mais usual de se chegar à cidade é através de carro. Pode-se voar até a cidade de Albuquerque, alugar um carro e viajar 100 milhas até Los Alamos. A viagem de carro é bastante agradável. Entre Albuquerque e Santa Fé a vegetação é tipicamente desértica e entre Santa Fé e Los Alamos o clima e a vegetação mudam à medida que subimos as montanhas. Existe um caminho alternativo entre Albuquerque e Los Alamos que não passa por Santa Fé e passa por um parque nacional. O Valle Grande fica dentro deste parque.







É impossível falar de Los Alamos sem mencionar o Laboratório Nacional e o Projeto Manhattan (em inglês). O Projeto Manhattan foi criado para desenvolver uma arma atômica para os EUA. O nome veio do distrito de Nova York onde o primeiro escritório se encontrava.
Os bastidores do desenvolvimento da bomba atômica envolvem muitos físicos e política. A importância dos físicos é clara porque a base teórica necessários para o desenvolvimento daquele armamento havia side descoberta há poucos anos e, portanto, era de domínio exclusivo de alguns grupos de cientistas. Dentre os cientistas que se destacaram naquela época não se pode deixar de citar Marie Curie que foi a única pessoa a ganhar dois prêmios Nobel (Física e Química) e se tornou evidência da capacidade feminina em uma época ainda bastante machista. Alguns outros cientistas que ficaram famosos por suas descobertas nesta época são Einstein, Rutherford, Szilárd e Fermi.
Para se ter uma idéia da velocidade do desenvolvimento científico naquela época basta lembrar que o neutron foi descoberto apenas em 1932. Ainda na década de 30 descobriu-se que o núcleo de um átomo poderia partir-se após a absorção de um neutron liberando muita energia. Imediatamente gerou-se o princípio teórico para uma reação em cadeia: se a ruptura de um núcleo de um átomo libera mais neutrons do que a quantidade necessária para iniciar a reação, é possível que um evento desencadeie outro sucessivamente liberando enormes quantidades de energia. Szilárd descobriu, na teoria, que a fissão do urânio permitia uma reação em cadeia mas guardou seus resultados temendo que eles fossem usados por algum dos governos fascistas que surgiam na Europa. Outros fizeram o mesmo mas o grupo de Joliot Curie publicou resultados semelhantes pouco tempo depois. Após o início da II Guerra Mundial Einstein escreveu cartas para o presidente americano pedindo que este se esforçasse no desenvolvimento de armas atômicas temendo que Hitler o fizesse antes.


O esforço americano para o desenvolvimento de tecnologia nuclear foi separado em diversos sítios com um orçamento bilionário. O plutônio era produzido no sítio W em Hanford, Washington, o urânio era enriquecido no sítio X em Oak Ridge, Tenessee, e o laboratório central onde os componentes da bomba eram montados e testados ficou conhecido como sítio Y, em Los Alamos, Novo México. Outras partes do projeto foram conduzidas ainda em Chicago, Wendover, Ames, Dayton, Inyokern, Alamogordo, Berkeley e Trail.


O principal nome responsável pelas pesquisas em Los Alamos foi Robert Oppenheimer. Tanto o projeto quanto os sítios usados foram mantidos em segredo durante a guerra. Uma das curiosidades do processo é que, em certa etapa, era necessário o uso de cobre para construção de bobinas mas praticamente todo o cobre estava sendo consumido no esforço de guerra. Foi então usado prata do tesouro americano nas pesquisas, que foi posteriormente devolvida.


O Laboratório de Los Alamos também possui grande tradição em computadores de grande capacidade de processamento. Os computadores são usados para simular fenômenos físicos com mais detalhes do que seriam possíveis em um micro comum. O museu da cidade possui uma parte dedicada à história da computação desde o dispositivo mecânico mostrado na foto abaixo e passando pelos computadores de válvula, era dos transistores, circuitos integrados até chegar aos grandes computadores atuais que trabalham paralelamente.



quarta-feira, 16 de julho de 2008

Ouro Preto


Um passeio que nenhum belorizontino deve cansar de fazer é visitar Ouro Preto. Pode ser um passeio rápido de um dia só ou menos apressado, curtindo a noite.
Não sei qual o roteiro ideal para cada um. Meu tio me disse que o melhor é chegar no sábado, curtir o por-do-sol (ótima iluminação para fotos), encontrar um bom restaurante pra jantar e dormir em uma das pousadas. Eu nunca dormi em Ouro Preto mas acredito que o programa é bom e ainda pretendo testá-lo. Para um passeio de um dia eu aconselho visitar o interior da Igreja do Pilar, que é a segunda igreja brasileira em quantidade de ouro (a primeira é a de São Francisco em Salvador). Também aconselho uma visita à obra-prima do Aleijadinho que é a Igreja de São Francisco em Ouro Preto, a igreja que fica em frente ao mercado de rua.
As fotos a seguir mostram a praça principal com a estátua de Tiradentes, uma rua típica de Ouro Preto com suas casas de época, o interior da Igreja do Pilar com suas obras revestidas em ouro, uma escultura na entrada da Igreja de São Francisco e uma vista do mercado de rua com a Igreja de São Francisco ao fundo.





terça-feira, 8 de julho de 2008

Prisão de Dantas

Pra falar a verdade eu não acreditei quando li, hoje de manhã, que o Daniel Dantas foi preso. Precisei conferir a notícia em diversos sites e blogs. Quem quiser aprofundar um pouco na história deste homem é bom ler o CASO VEJA, que eu trouxe de novo para o topo da lista. Dantas é figura central da série de reportagens feitas pelo Nassif. Inclusive o Nassif prometeu mais um capítulo desta séria para hoje.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

sábado, 5 de julho de 2008

O mundo sem internet

South Park já previu como seria a vida em um lugar sem internet. Esta semana São Paulo ficou sem internet durante algumas horas por causa de um problema na Telefônica. Pelo menos não foi um problema estadual ou mesmo nacional.


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