segunda-feira, 9 de julho de 2007

A separação entre arte e engenharia existe apenas nas nossas mentes

Theo Jansen é um artista que trabalha com esculturas cinéticas na Holanda. Fui apresentado a um dos seus vídeos por indicação do João, um perdido com quem divido apartamento. Suas criações parecem insetos gigantes, cheios de pernas, ou esqueletos de grandes animais. A genialidade do seu trabalho está no projeto e construção das esculturas que permitem que algumas andem com a força do vento apenas. Outro ponto interessante de notar é que, durante o deslocamento das esculturas, o "corpo" permanece praticamente estável e as "pernas" se movem com uma coordenação fantástica. Os projetos destas esculturas são feitos em computadores através de algoritmos genéticos, de acordo com o site do escultor. Pelo que entendi, estes algoritimos são programas usados para maximizar alguma coisa (uma função por exemplo) que não se conhece bem. Estes algoritimos trabalham em passos: a cada passo os melhores sobrevivem, os piores morrem e o programa pega alguns dos melhores e uma mutação dos piores para usar no passo seguinte. Assim o resultado quase sempre evolui para estágios superiores. Eu acredito que num caso destes, o escultor não é capaz de modelar tudo o que acontece na interação das esculturas com o ambiente. Assim ele usa o projeto da primeira geração de esculturas como passo inicial para o algoritimo, diz quais obtiveram os melhores resultados e quais obtiveram os piores e o computador cuida da evolução para a nova geração. Não sei se a explicação foi boa mas foi o melhor que consegui entender da explicação do Marcos, outro perdido com quem divido apartamento.

O site da artfutura tem um artigo em inglês sobre o Theo Jansen.
Vários vídeos podem ser vistos no youtube clicando-se aqui.
Eu escolhi o vídeo a seguir, de um comercial da BMW para que vocês tenham uma idéia do trabalho dele.

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