segunda-feira, 2 de maio de 2011

Cal Lane


Cal Lane é uma mulher que transforma pedaços velhos de metal em arte. Ela corta o metal com grande precisão utilizando maçarico de acetileno ou até corte por plasma. O site é http://www.callane.com
O New York Times escreveu um pouco sobre ela aqui. O texto do NYT chama a atenção para o fato dela ter morado numa casa em local pouco habitado do estado de Nova York de graça. Os donos da casa a oferecem para artistas viverem de graça como forma de fazer o bem. Outra curiosidade é que a Cal Lane aprendeu a utilizar o maçarico pensando em fazer peças de arte mas assumiu que pensou em trabalhar com soldagem caso a vida de artista não desse certo.


Ela também passou a trabalhar com outros materiais como terra, pneus velhos e pós diversos.


domingo, 4 de julho de 2010

Muse

É impressionante como se faz tanta música na Inglaterra.
Eu conhecia a banda Muse por causa da música "Plug in Baby" mas amigos daqui de Southampton me incentivaram a escutar os outros discos. Gostei particularmente do "Black hole and revelations".
O site da banda (clique aqui) permite escutar todas as musicas, ver os videoclips, dvds, ... Permitem inclusive que se copie o código para anexar um dos seus discos a nossas páginas. Foi o que eu fiz. O disco é "Origin of symmetry".

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Finlandia - Tampere e Vesilahti


Mais um pouco da Finlândia...
Aproveitei a viagem para conhecer o interior. Fui para uma pequena cidade chamada Vesilahti e dormi em uma cabana na beira de um lago no meio de nada. Pela foto abaixo dá pra ver o estilo da cabana.


Não é possível visitar a Finlândia sem ir numa sauna. Não se sabe exatamente a época em que a sauna foi inventada mas o hábito é anterior ao século XVI. Ela está tão entranhada na identidade do finlandês que saunas são comuns em apartamentos (não importa o tamanho), sedes de empresas, no parlamento e, claro, em casas de verão na beira de lagos. Os que tem oportunidade tomam sauna pelo menos uma vez por semana.
Existem diferentes tipos de sauna, inclusive um tipo em que madeira é queimada dentro de uma cabana sem chaminé até esquentar o ambiente. Depois apagam o fogo, abrem a janela para ventilar a fumaça, fecham novamente e o calor remanescente no forno faz a sauna.
Normalmente as saunas são construídas em madeira como a foto abaixo.

A sauna que eu usei tinha chaminé. Existia um cômodo para a sauna e um espaço separado para o banho. O aquecimento da água do banho é feito com lenha. Na foto abaixo eu estava preparando o aquecimento da água.

O aquecimento da sauna também é feito com lenha. Existe um pequeno forno a lenha (com chaminé) que serve para esquentar um monte de pedras. Quando as pedras estão bastante quente trazemos um balde com água quente e fechamos a porta. O ambiente da sauna não está quente neste momento, apenas as pedras. Usamos uma colher gigante pra jogar água em cima das pedras e o vapor gerado que aquece o ambiente rapidamente.


Depois de uma noite na cabana eu fui para Tampere. Esta cidade é grande para os padrões da Finlândia com aproximadamente 200 mil habitantes e é conhecida como cidade universitária. A cidade em si não é muito bonita mas possui uma torre panorâmica legal. Da torre podemos ver o lago de um lado e a cidade do outro.






quarta-feira, 23 de junho de 2010

70 million - Hold your horses

Uma amiga daqui de Southampton postou este vídeo no seu perfil do facebook. Achei divertido. A banda é Franco-Americana e se chama Hold your horses. Meu conhecimento de arte é extremamente limitado mas pude reconhecer alguns dos quadros.

Procurando na internet eu pude encontrar alguns dos nomes:
-The Last Supper
-
The Birth of Venus
-
The Creation of Adam
-
The Beheading of Saint John the Baptist
-The Anatomy Lesson of Dr. Nicolaes Tulp
-
Las Meninas
-
Girl with A Pearl Earring
-
Death of Marat
-The Raft of the Medusa
-
Liberty Leading the People
-
Olympia
-
The Kiss
-
La Mariée

Mais informações sobre os quadros relacionados a este videoclip podem ser lidas aqui.




70 million

And it hardly looked like a novel at all,
I hardly look like a hero at all
And I'm sorry, you didn't publish this
And you were white as snow; I was white as a sheet

When you came down in this black dress
In your mom's black maternity dress
And so,
Though it hardly looked like a novel at all,
And the city treats me, it treats me to you
And a cup of coffee for you
I should learn it's language and speak it to you

And 70 million should be in the know
And 70 million don't go out at all
And 70 million wouldn't walk this street
And 70 million would run to a hole
And 70 million would be wrong wrong wrong
And 70 million never see it at all
And 70 million haven't tasted snow

And we dance dance dance like the children dance
Imply thought are we taking the chance?
With the light still on, and will we ever reach the tower

And after you came down in this black dress
I don't know what took so very long
And this,
And this isn't a war, we don't have to ration
Now wave white flag, and you kept it at home
And words I wrote from a foreign land
You're holding my no longer foreign hand

And 70 million should be in the know
And 70 million don't go out at all
And 70 million wouldn't walk this street
And 70 million would run to a hole
And 70 million would be wrong wrong wrong
And 70 million never see it at all
And 70 million haven't tasted snow

terça-feira, 22 de junho de 2010

Finlandia - Helsinki


Estive na Finlandia duas semanas atrás. Passeiei por Helsinki, fiquei numa cabana a beira de um lago na cidade de Vesilahti e depois fui para Tampere.
Antes de viajar eu já sabia que a Finlandia, especialmente Helsinki, é um dos lugares mais caros do mundo. Devido ao alto poder aquisitivo da população todos os serviços são caros. Uma refeição num restaurante dificilmente sairá por menos de 25 euros. Uma cerveja num bar sao 5 euros. O hotel mais barato fica na faixa de 120 euros a diária. Por isso eu não alonguei muito a viagem. Apenas uma noite em cada lugar.
Um dos motivos que me levou a Finlândia foi a oportunidade de conhecer uma "noite branca". Este foi o nome que vi na internet para descrever o elevado período de luminosidade nesta época do ano. Devido á proximidade do polo a Finlandia experimenta apenas umas 3 horas de escuridão por noite. Mesmo assim não é uma escuridão completa pois é possível perceber a luz do sol no horizonte.
Eu não vi nenhuma atração turística que chamasse bastante a atenção na cidade. Algumas igrejas são bonitas como a da foto abaixo.

A cidade tem um mercado fechado, próximo ao centro da cidade, bastante agradável. Parece o mercado central de Belo Horizonte por causa dos bares, açougues e lojas que vendem de tudo. A foto abaixo mostra um corredor deste mercado.


Uma das atrações turísticas da cidade é um bar de gelo. O bar foi montado dentro de um freezer gigante e toda a estrutura é de gelo. O patrocínio é da vodca Absolut e todos ganham um drink de vodca ao pagarem a entrada no bar. A foto abaixo mostra a atendente e o balcão. É interessante que o bar fica anexo a um restaurante mexicano, de nome Copacabana, que toca salsa.


Existem umas estátuas de pedra gigantes no prédio da estação ferroviária. Fiquei sabendo que no passado fizeram uma animação para a televisão em que estas estátuas andavam pela cidade e jogavam as bolas que estão segurando na população. E mesmo assim eram personagens bonzinhos.


Outros prédios famosos são o do parlamento (abaixo) e o do presidente (mais abaixo). A foto em que estou na frente do prédio do parlamento foi tirada as 11 da noite.



A foto abaixo mostra alguns piers no centro da cidade.

Copa do mundo 2010

Estou assistindo uma copa do mundo fora do Brasil pela primeira vez. Pelo menos estou num lugar onde as pessoas gostam muito de futebol, portanto não tenho dificuldades em acompanhar os jogos e as notícias.

O lado ruim de estar longe do Brasil é perder as festas nos dias dos jogos mas o lado bom é poder fazer festa outros dias. Tirei uma semana para assistir jogos com amigos daqui e pude assistir jogo da França com franceses, Alemanha com alemães, Portugal, Espanha e Inglaterra. Sem contar que acompanho os jogos com narração de verdade. O pessoal daqui sabe o nome dos jogadores dos dois times em campo, narram os passes, chutes, movimentação e pesquisam informações sobre todos os times antes de narrar. Muito diferente da "máquina-de-dizer-lugar-comum", Galvão Bueno, que tagarela no Brasil.

Alguns detalhes que vou lembrar:

-Os irlandeses estão radiantes com o desempenho pífio da França. Tudo porque o Thierry Henry eliminou a Irlanda, na etapa classificatória para a Copa, com um gol de mão.

-O time da França estava uma bagunça. Ninguém gosta do técnico, o Zidane vive dando pitaco de fora, os jogadores se acham as estrelas e resolveram desafiar a comissão técnica se recusando a treinar por causa do corte do jogador Anelka. Tudo vazou para a imprensa. O presidente Sarkozy teve de pedir para o ministro dos esportes ficar na Africa do Sul e resolver o impasse. As piadas com o time da França são muitas. A que eu mais gostei envolve a fama dos Franceses de gostar de greves por melhores condições de trabalho. Dizem que os jogadores de futebol da França estão em greve solicitando a redução da jornada de trabalho: querem que cada tempo de um jogo passe de 45 min para 30 min e querem maior intervalo para descanso.

-Os ingleses estão putos com o desempenho do time. Fui assistir um jogo com um grupo de amigos estrangeiros em um pub local. No fim do empate com a Argélia uns bêbados resolveram descontar a raiva em cima de uma amiga alemã dizendo que ela deveria voltar para o país de origem. Sorte minha ser brasileiro. Todos gostam da gente. Inclusive um dos bêbados tinha uma camisa comprada no Brasil e disse que adorava o nosso futebol.

-Os espanhóis e portugueses estão felizes com o time. Interessante notar que as pretensões deles não são de ganhar a copa, apenas chegar longe. Nós brasileiros somos muito mal-acostumados.

-Acompanhando a bagunça que é o time inglês e francês eu entendi e agora concordo um pouco com o estilo Dunga. Para ganhar uma copa do mundo não basta ter jogadores habilidosos. Existem muitos detalhes que vão desde a resistência física dos jogadores até as distrações causadas pelas mulheres e namoradas ocupando o noticiário.

-Nada chamou mais a atenção do que a briga entre o Dunga e a Globo. O primeiro chegou a xingar um jornalista na frente de todo mundo e a última levou um editorial ao ar criticando o técnico no dia em que o Brasil se classificou para a próxima etapa. Esta briga trouxe a tona os bastidores da relação entre Globo e CBF, entrevistas exclusivas, bagunça na copa de 2006, Vanderley Luxemburgo, Fátima Bernardes, ... Um bom resumo está no Azenha, clicando aqui. Quem não se lembra da Fátima Bernardes posando no meio de todos os jogadores na última copa e a Globo dizendo que ela foi a "musa" da copa. Transformaram a seleção em cast da Globo de tanta entrevista exclusiva alavancando a audiência. O Dunga resolveu acabar com o BBB da seleção e está sentindo as consequências.

domingo, 30 de maio de 2010

Os consumidores de informação

Mais uma eleição se aproxima e, com ela, muitas discussões. Cria-se um clima de rivalidade irresistível entre os diferentes eleitores, como se uns estivessem certos e outros errados. O mundo se divide entre "inteligentes" ou "bem-informados" e "ignorantes" ou "mal-informados". As pessoas buscam abrigo nas "suas turmas" contra a "outra turma".
Qualquer comentário do tipo: -Você viu o que que tal candidato (a) disse? pode desencadear reações tão diversas quanto passionais:
-Não acredito que você ainda presta atenção em tal candidato? Não percebe que é um mentiroso? corrupto! autoritário! reacionário! terrorista! falso!
-Claro que vi! Pois é, está claro que é a melhor opção! afinal o outro é mentiroso! corrupto! autoritário! reacionário! terrorista! falso!
Em seguida, para confirmar que está antenada em política, a pessoa repete mil e uma manchetes de notícias que leu na imprensa.

O Nassif levantou a bola para este lance de repetição de mantras:
Serra dá o tiro na Bolívia. Aí a Veja aparece com a matéria prontinha, mostrando o perigo boliviano. Daqui a pouco vão ressuscitar os 200 mil guerrilheiros das FARCs que invadirão o Brasil pelo mar. (...)
Cada vez que acompanho discussões sobre Cuba, Venezuela, Bolívia, guerra fria, aliás, dá um desânimo danado. São temas não apenas distantes da vida comum, do dia a dia real das pessoas, como da própria realidade política atual do país. É restrito a um mundico de nada na Internet, apenas isso. (...)


E veio o Gabriel Girnos e explicou o fenômeno:
(...)Tem uma coisa que eu ando chamando de “consenso frio”.É um consenso mais ou menos inconsciente, que toma aspectos de senso comum e que pode ser mudado facilmente, porque é sobre aquelas questões que as pessoas sabem pouco — como por exemplo, política externa. Porém, assim como pode ser mudado facilmente, esse consenso frio pode ser mantido facilmente, bastando a repetição da mesma lenga-lenga todo santo dia.
Exite uma classe especialmente suscetível a esse consenso: a classe dos consumidores de informação, aqueles que (para si mesmos) se distinguem do “povão” por ler jornais e estarem “informados”, mas que ao mesmo tempo não chegam a ser críticos e analíticos a respeito do que estão lendo.
É dessa classe informada, bem mais ampla do que apenas uma extrema direita encarnecida, que surge o grande número de pessoas dispostas a acreditar em tudo de ruim que se fala sobre um “ignorante” como o Lula, ou sobre os “radicais” da Bolívia. (...)

Particularmente eu acredito que existe semelhanças entre as pessoas que sentem prazer em citar alguma informação da aba de um livro clássico, responder uma pergunta do "Show do Milhão" e as que, além do prazer, sentem proteção ao repetir a manchete do jornal ou opinião do colunista. Serve para atestar que está "antenada" com a política e não é, portanto, parte do povão ignorante.

O mercado dos consumidores de informação não é nenhuma novidade para a revista Veja na minha opinião. Há anos atrás a editora Abril veiculou um comercial que pode ser considerado degradante para uns mas que é facilmente entendido pelos consumidores de informação. O comercial retrata o leitor como um papagaio repetidor de mantras que não demonstra a mínima capacidade crítica do que está falando. Entretanto o comercial vai direto ao ponto de interesse de muitos: -Leia a Veja e você será percebido como "inteligente".

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