Acompanho as notícias do Galo de longe, sem muito interesse, mas nunca entendi a contratação do Geninho como treinador. Aproveitando a onda da goleada no primeiro jogo da final do campeonato mineiro eu copio o comentário do blog "O Biscoito Fino e a Massa":
Geninho e seus recordes
Eu apostei porque sou torcedor. Mas acreditem, eu já temia isso. Se vocês vasculharem os arquivos do Galo é amor, verão uma série de comentários meus, desde o início do ano, malhando a diretoria do Atlético-MG pela absurda decisão que abriu a temporada: recusar-se a renovar o contrato de Leão, que tinha feito uma boa campanha no ano passado, e trazer Geninho, um dos maiores picaretas da história do futebol brasileiro. Leão é chato, cri-cri, reclamão, autoritário e vaidoso. Mas você não vê as equipes de Leão – por mais frágeis individualmente que elas possam ser – levando essas goleadas que sofrem os times de Geninho.
Há conquistas no futebol que criam famas imerecidas. O título brasileiro de 2001, conquistado pelo Atlético Paranaense, é um deles. Além daquela conquista, fruto de um surto de genialidade de Alex Mineiro, Kléberson e Kleber nos jogos finais, Geninho nunca ganhou nada. Colecionou desastres por onde passou. Conseguiu perder o Campeonato Goiano dirigindo o Goiás. O que dizer de uma criatura que consegue perder o Campeonato Goiano dirigindo o Goiás? Que eu saiba, Geninho é o único treinador da história a ter escalado uma equipe no 3-5-2 sem nenhum meio-campista armador. Sim, isso aconteceu nas quartas-de-finais do Campeonato Brasileiro de 2002, quando ele dirigiu o Galo contra o Corinthians no Mineirão, e escalou um 3-5-2 com três zagueiros, dois laterais, três volantes e dois atacantes: um mostrengo incapaz de chegar ao gol adversário. O Corinthians nos enfiou 6 x 2 e liquidou a fatura no primeiro jogo. Agora, Geninho inclui mais uma grande originalidade no seu currículo: o único treinador em cem anos de história do Clube Atlético Mineiro a ter levado 5 x 0 do ex-Ipiranga.
O resultado foi vexatório o suficiente para, provavelmente, encerrar a carreira de Geninho no Galo, tendo ele escalado, de surpresa, no clássico, uma equipe que jamais havia jogado junta. Entregamos o Mineiro para o ex-Ipiranga. De positivo, fica o fato de que pela primeira vez em muito tempo tivemos um clássico sem nenhum incidente de violência grave. Coisa bonita. O ex-Ipiranga é o merecido campeão mineiro. Não tem culpa da burrice da diretoria do Galo.